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O Crime em Nome do Sagrado: A Perseguição Religiosa e a Resistência de Terreiros na Baixada e no Rio

Em pleno século XXI, o Brasil – conhecido por sua pluralidade cultural e religiosa – enfrenta uma das mais sombrias manifestações de intolerância: a violência contra terreiros de Umbanda e Candomblé. Esses espaços, que são alicerces da religião e da tradição afro-brasileira, têm sido alvos de ataques orquestrados por criminosos que, em nome do “sagrado”, promovem destruição, opressão e medo.

Carlos Minc, deputado estadual do Rio de Janeiro, revelou recentemente o escopo alarmante dessa violência em declarações contundentes. Segundo ele, foram realizadas quatro denúncias ao Ministério Público e à Polícia Civil sobre casos em que traficantes religiosos oprimiram e destruíram terreiros em áreas como a Baixada Fluminense, São Gonçalo, Complexo do Alemão e Complexo da Maré. Esses grupos criminosos, conhecidos como “Traficantes de Deus”, utilizam a violência como ferramenta para impor dogmas religiosos, apagando a diversidade espiritual que define a identidade brasileira.

A Ação do Poder Público

Diante desse cenário de intolerância religiosa armada, Minc, juntamente com Lorrama Santana e outras lideranças, promoveu reuniões com figuras-chave do poder público, como o presidente da Alerj à época, André Ceciliano, o chefe da polícia e cinco delegados especializados. Essas ações resultaram na prisão de vários traficantes, incluindo quatro chefes de organizações criminosas ligadas ao 3º Comando, que exploravam a fé como meio de controle social e opressão.

Embora as prisões representem uma importante vitória, Minc enfatiza que o problema está longe de ser resolvido. “Nossa ofensiva trouxe resultados, mas o problema persiste. Os ‘Traficantes de Deus’ ainda ameaçam a liberdade religiosa em várias comunidades”, declarou.

Intolerância e Racismo Religioso

Os ataques aos terreiros não são apenas expressões de intolerância religiosa; eles também revelam um racismo estrutural profundo. A Umbanda e o Candomblé, religiões de matriz africana, carregam histórias de resistência e espiritualidade, que desafiam sistemas, opressores há séculos. Destruir um terreiro é mais do que um ataque a um espaço físico; é uma tentativa de silenciar culturas, vozes e histórias, que constituem a essência da nossa sociedade.

O Papel da Sociedade Civil

A resistência, porém, é mais forte! Terreiros e lideranças religiosas têm se organizado, para denunciar e combater a intolerância. O trabalho em rede, com o apoio de instituições e movimentos sociais, tem sido crucial, para garantir que essas manifestações criminosas não prevaleçam.

Ao mesmo tempo, é fundamental que a sociedade, como um todo, se mobilize contra essa violência. Políticas públicas, que promovam a educação sobre diversidade religiosa e cultural, são ferramentas, indispensáveis, para quebrar o ciclo de intolerância. Assim como a vigilância, constante, sobre o cumprimento da legislação de combate ao racismo religioso e intolerância é imprescindível.

A Luta Continua

Os recentes avanços na identificação e prisão de criminosos, são um sinal de que a resistência não é em vão. Porém, como destacou Minc, há muito a ser feito para garantir que o Brasil seja um país onde todas as religiões possam coexistir em harmonia.

O crime em nome do sagrado é um paradoxo, que desafia os alicerces de uma sociedade pluralista. Denunciar, combater e educar são os pilares para reverter esse cenário e garantir que terreiros de Umbanda e Candomblé continuem sendo espaços de fé, resistência e acolhimento.

Como Contribuir?

Você também pode ser parte dessa luta. Informe-se, denuncie a intolerância religiosa, apoie projetos que promovam a educação e a diversidade cultural.

O futuro do Brasil depende da proteção da liberdade religiosa e da preservação das suas múltiplas identidades.

Umbanda em Foco: Pela liberdade, pela diversidade, pela resistência!

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