Dois pastores evangélicos encontram-se presos há meses, acusados de discurso de ódio contra as religiões afro-brasileiras e a comunidade judaica.
Em Pernambuco, o pastor Aijalon Heleno Berto Florência está preso desde 27 de abril, denunciado por publicar “vídeo com discurso de ódio contra as pessoas de religião de matriz africana”.
O processo teve início com notícia-crime assinada pela Iyalorixá Elza de Iemanjá, coordenadora da Articulação da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco.
No Rio de Janeiro o pastor Tupirani da Hora Lopes, preso desde o ano passado, responde a vários processos, sendo que em um deles já está condenado a 18 anos de prisão.
O jornalista e capoeirista Paulão Kikongo, presidente da Associação de Capoeira Kilombarte, foi autor da notícia-crime que resultou num processo que deverá aumentar ainda mais a pena de Tupirani.
O IDAFRO elaborou as representações que deram início aos processos e defende os interesses das vítimas nos dois casos.
Apesar de os números ainda serem modestos, a conscientização e ação organizada das religiões afro-brasileiras mostra que a lei pode “sair do papel” e ter validade na prática.
É urgente a correção de problemas graves e adoção de aprimoramentos no funcionamento Justiça. Apesar disso o Judiciário demonstra ser capaz de frear as barbaridades e a violência racial que afligem o Povo de Terreiro do país.
A luta faz a lei!!! Agradecemos a confiança depositada em nosso trabalho pelas lideranças e por nossos associados.
Parabéns à aguerrida equipe jurídica do Idafro: Drs.(as) Anivaldo dos Anjos Filho, Isabela Cristine Dario, Maíra Vida, Antônio Basílio Filho, Karla Meura e Jáder Freire de Macedo Júnior.
Leia as representações no site www.idafro.org.br.