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“Morre, macumbeira!”: Mãe de santo é alvejada por pedras durante ritual

Depois do episódio, moradora de Jacarepaguá decidiu usar seus perfis nas redes sociais para conscientizar contra a intolerância religiosa

No dia 13 de agosto, por volta das 16h30, a ativista da causa animal e mãe de santo Solange de Arruda Machado foi para uma área de mata dentro da Colônia Juliano Moreira próximo ao número 3.427 da Rua André Rocha, em Curicica, acompanhada por duas filhas de santo. O trio realizava um ritual embaixo de uma jaqueira quando foi alvejado por pedras. Felizmente, ninguém se feriu. O registro de ocorrência foi feito na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), e agora Solange usa as redes sociais (perfis solangeogunsi no Instagram e ogunce.ogunce no Facebook) para alertar sobre intolerância religiosa.

“O que aconteceu não foi apenas um caso de intolerância religiosa, mas sim uma tentativa de homicídio. Se uma daquelas pedras tivesse nos acertado, principalmente na cabeça, não tenho dúvidas de que não sobreviveríamos. Quem jogou as pedras ainda estava gritando: “Morre, macumbeira”. Não conseguimos ver quem era. Foi assustador, ficamos com muito medo” relata a mãe de santo.

Solange, de 62 anos, começou na umbanda aos 14. Há 20 anos ela tem seu próprio barracão de candomblé em Jacarepaguá, e conta que nunca passou por uma situação parecida:

“a gente nunca pensa que vai acontecer com a gente, mas uma hora acontece. Muita gente quando passa no barracão começa a rezar e a chamar por Jesus, mas nada mais que isso.”

Depois do ocorrido, Solange começou a usar suas redes sociais, para levantar discussões sobre a intolerância religiosa e buscar maneiras de combatê-la. No dia 17/09, a mãe de santo também participou da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que aconteceu no Posto 5 da Praia de Copacabana.

” Temos que achar um jeito de parar com esse ódio. Ninguém ganha nada com isso. Compartilhei o que aconteceu comigo para alertar quem frequenta o local e quem costuma fazer oferendas e rituais na rua. Não sabemos mais o que pode acontecer e queremos evitar uma morte” afirma.


Por Maíra Rubim
Fonte:  O Globo
Foto: Divulgação

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